Você já ouviu falar em Pegging?

Pegging é o nome de uma prática sexual caracterizada pela inversão de papéis sexuais, onde a mulher penetra o homem ao invés de ser penetrada por ele. Essa troca de papéis acontece por meio de um acessório chamado strap on, que também é conhecido como cinta peniana ou “cintaralha”. O termo pegging foi criado em 2001 pelo colunista de sexo norte-americano Dan Savage e a prática vem sendo cada vez mais explorada por casais que buscam explorar novas experiências.
Apesar disso, muitos homens, em função do que se convencionou chamar de masculinidade frágil ainda resistem a se abrir a experiências que envolvam prazer na região anal, acreditando que isso possa representar uma perda da sua masculinidade ou com receio de se tornarem homossexuais. Este pensamento é equivocado pois sentir prazer na região anal não tem relação alguma com a orientação sexual, até mesmo porque nesta prática o homem costuma ser penetrado pelas mulheres, o que por definição caracterizaria uma prática heterossexual.
A região anal é uma região rica em vascularização e bastante erógena, em especial nos homens, por conta da proximidade com a próstata, conhecida também como o ponto G masculino. Ainda assim, muitos homens não se permitem esse tipo de experiência, não só em função da masculinidade frágil e da homofobia mas também da misoginia, afinal, o homem ser penetrado coloca ele na posição tipicamente atrelada à mulher e nenhum homem quer “parecer uma mulherzinha”.
Além disso, uma das principais formas utilizadas para ofender uma pessoa em nossa sociedade é mandar alguém “tomar no cú”, o que diz bastante sobre a cultura machista em que vivemos. Homofobia, machismo e misoginia são a tríade clássica do legado deixado pelo patriarcado. Homem adoram fazer sexo anal nas mulheres, mas dificilmente aceitam dar o cú, embora esse seja um fetiche de muitas mulheres, que desejam poder experimentar também uma posição de dominação.