Você conhece a prática do Swing?

Não, não estamos nos referindo ao estilo de dança que estourou nos Estados Unidos na década de 30... Estamos falando sobre uma prática sexual também conhecida como troca de casais, onde casais se encontram para praticar sexo entre si.
é um movimento que cresce em todo mundo, inclusive no Brasil. O swing foi a primeira forma organizada de não-monogamia moderna e surgiu nos Estados Unidos entre as décadas de 1950 e 1960, na esteira da revolução sexual.
Em 1964 foi lançado o livro “Swap Clubs” (Clube de Trocas), relatando os resultados de uma pes-quisa sobre o estilo de vida swinger onde foram entrevistadas 800 pes-soas em mais de 25 cidades dos Estados Unidos
Inspirada nesse tema, a pesquisadora Maria Silva e Silvério escreveu em 2019 o livro “Swing, eu, tu…eles”, pela Editora Chiado, lançado simultaneamente em Portugal, Brasil, Angola e Cabo Verde.
No livro a antropóloga, jornalista e especialista em questões de gênero, sexualidade e relações conjugais diz que a troca de casais é ponto de partida para uma reflexão sobre amor, casamento, sexualidade e relações de gênero nas sociedades ocidentais contemporâneas.
O livro de 275 páginas, fruto da sua tese de doutorado, analisa as transformações socioculturais ocorridas nos últimos séculos que estão diretamente relacionadas à maneira atual de vivenciarmos a sexualidade, as relações amorosas e de gênero.
Segundo levantamento feito pela autora, os swingers são majoritariamente membros das classes média e média-alta, com elevado nível de instrução, como médicos, advogados, jornalistas, artistas, empresários e professores, com posições profissionais estáveis ou em cargos de gerência.
Para a autora, o swing é entendido como uma forma de romper com a monogamia ao mesmo tempo em que reforça e mantem o vínculo amoroso do casal, já que a experiência é sempre vivida a dois, diferentemente das relações abertas, onde cada parceiro tem a liberdade de sair sozinho com outras pessoas.