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Sex Map - O Mapa da Sexualidade Humana



É muito comum encontrar pessoas que gostem de experimentar diversos tipos diferentes de culinária, da mexicana à tailandesa, passando pela culinária árabe e japonesa. Ainda mais comum são as pessoas que apreciam a ideia de viajar o mundo todo, conhecendo diferentes culturas e locais. É fácil assimilar esse desejo pois a ideia de diversificar as experiências é bem natural ao ser humano. Porém, quando o assunto é sexo, já é mais difícil assimilar a ideia de que pode ser muito interessante explorar ao máximo a imensa diversidade de experiências sexuais disponíveis para serem vividas.


O motivo para essa diferença é óbvio: o cristianismo atrelou a moralidade ao sexo e de alguma forma passamos a acreditar que a maneira como vivemos a sexualidade define o nosso valor. Essa ideia é fortemente introjetada em nosso psiquismo e dá muito trabalho extrai-la de lá, pois a culpa, o medo e a vergonha são sentimentos muito aversivos e fazemos de tudo para evitá-los, sendo a repressão sexual a principal forma que encontramos para isso. O escritor norte-americano Franklin Veaux elaborou uma plataforma on-line que consiste em um grande mapa com a maioria dos fetiches e práticas sexuais da atualidade, para que as pessoas possam compartilhar com seus parceiros suas taras, desejos e preferências. Vejamos apenas algumas dessas possibilidades disponíveis:


Cuckold: fetiche por ver o parceiro transando com outra pessoa


Ménage: sexo a três


Swing: troca de casais (sexo a quatro)


Voyeurismo/exibicionismo: pode ser através de webcam ou até mesmo em suítes de motel próprias para realização deste fetiche


Chemical sex: sexo sob estado alterado de consciência induzido por drogas


Beijo grego: beijo na região anal


Pegging: inversão de papéis sexuais, onde o homem é penetrado pela mulher


Gangbang: transar com várias pessoas ao mesmo tempo


Privação de sentidos: sexo vendado, por exemplo


Role-playing: teatrinhos sexuais onde toda fantasia cabe, até mesmo fantasias com vampiro, de gueixa, de prostituta, etc.


BDSM: experiências de dominação e submissão (exemplo: amarração com cordas) ou sadomasoquismo (exemplo: cera quente na pele, com velas próprias pra isso, que não queimam)


DP: dupla penetração (anal e vaginal simultaneamente)


Sexo tântrico: sexo ritualístico


Massagem tântrica: bastante difundida nos dias de hoje


Deep throat: fazer sexo oral com a garganta, os homens costumam adorar!


Fetiche de engasgar: algumas pessoas curtem ser “enforcados” durante o sexo


Sodomia: um sexo anal bem feito, com boa preparação, pode ser bem excitante!


Dirty talk: xingamentos ao pé do ouvido


Jogos sexuais: jogos como verdade ou consequência, tem vários apps de jogos eróticos para celular


Bukkakke: prática de ejaculação de vários caras no rosto


Dogging: sexo com desconhecido no meio da rua



Em geral o que impede as pessoas de explorarem mais seu potencial sexual é a auto-censura e o julgamento social. As pessoas foram condicionadas a acreditar firmemente que seu valor está atrelado à forma como vive sua sexualidade - o que é um absurdo completamente irracional - mas uma mentira repetida mil vezes se torna realidade, principalmente quando reforçada socialmente desde a infância. É simples de ver esse julgamento nos xingamentos que utilizamos para se referir à mulher que faz sexo demais: puta, vadia, piranha, vagabunda, etc.


Como ninguém gosta de ser repreendido, acabamos nos podando a fim de nos sentirmos socialmente aceitos. Afinal de contas, dependemos da aprovação dos outros para viver em sociedade. Quando o julgamento vem da própria família (pessoas extremamente significativas), dos sacerdotes (pessoa com muita autoridade moral) e dos melhores amigos (pessoas com quem contamos para nos sentir validados) fica quase impossível para a maioria das pessoas superar essa interdição. Note-se que não fazemos nenhum tipo de julgamento sobre a pessoa que quer experimentar toda a diversidade culinária existente no mundo, nem sobre a pessoa que quer fazer um mochilão por toda a Europa, pois não tem sentido algum julgar alguém por isso. Então por que julgamos o comportamento sexual? Deve haver uma explicação racional para isso...


O psiquiatra Wilhelm Reich teorizou que a supressão da sexualidade era essencial para um governo autoritário. Ele acreditava que sem a imposição de uma moralidade antissexual, as pessoas estariam livres da vergonha e confiariam em seu próprio sentido de certo e errado. Seria improvável que fossem para a guerra contra sua vontade ou que operassem campos de concentração, como aconteceu na Alemanha. Segundo este pesquisador, toda essa luta contra a sexualidade teria uma razão muito objetiva, enfraquecer as pessoas para que elas fossem mais facilmente dominadas. Em seu livro seminal ‘A função do orgasmo’, este autor explica que “A supressão sexual tem a função de tornar o homem dócil à autoridade exatamente com a castração dos garanhões e dos touros tem a função de produzir satisfeitos animais de carga”.

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