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As Origens da Repressão Sexual



Em um post publicado anteriormente nós mostramos que a maioria dos palavrões que conhecemos está de uma forma ou de outra atrelada à sexualidade. Quando estamos com raiva de alguém, por exemplo, mandamos essa pessoa se fuder, não é mesmo? Ou seja, mandamos essa pessoa fazer sexo!!


Até mesmo quando dizemos que alguém é um pentelho ou um escroto isso tem relação direta com nossa anatomia sexual, assim como a expressão “ai que saco”. Existe até piada sobre isso. Tem uma que diz que “o pior inquilino é o espermatozóide, pois ele mora na casa do cacete, o prédio é um saco e os vizinhos da frente são um pentelho”


Então, é simples perceber que por algum motivo desenvolvemos um forte antagonismo em relação ao sexo e nesse vídeo vamos justamente discutir as origens dessa imensa distorção! De onde será que veio esse gritante rebaixamento da sexualidade?


Sem sombra de dúvidas essa desqualificação do sexo está diretamente atrelada ao surgimento e expansão do cristianismo, como sintetiza o pesquisador Luis Felipe Ribeiro: “A influência da tradição judaico-cristã sobre a sexualidade ocidental é bem conhecida. Interdição, repressão e negação são a herança de dois milênios de presença cristã.”


O fato é que o cristianismo trouxe em sua visão de mundo uma ideologia de menosprezo por esse aspecto vital da existência que acabou sendo apresentado ao mundo como algo sujo, vergonhoso e pecaminoso, que deve ser evitado ao máximo, a não ser para procriação, mas nunca por prazer!


São Paulo, por exemplo, estipulou que o ideal de conduta era o celibato. “Bom seria que o homem não tocasse em mulher (...)” (1 Corintios 7)


Mas para aqueles que não conseguem se controlar, devem pelo menos se casar, como ensina o Apóstolo: “Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que se abrasar.” (1 Corintios 7)


Aliás, até mesmo o sexo marital com a finalidade única de procriação já foi considerado pecaminoso, pois, segundo escreveu o teólogo Huguccio no século 12: “Sempre ocorre com excitação e prazer, que não existem sem pecado”.


A verdade é que o cristianismo instaurou uma verdadeira guerra contra os prazeres do corpo, corpo este que passou a ser visto como o grande inimigo do espírito. Papa Gregório, o Grande, chegou a dizer que o corpo era a “abominável roupa da alma”.


A masturbação, por exemplo, que é fundamental para o autoconhecimento sexual, foi e ainda é severamente condenada pelo cristianismo.

A página do Vaticano na internet ainda hoje insiste em dizer que a “A masturbação, em particular, constitui um distúrbio muito sério, que é ilícito em si mesmo e não pode ser moralmente justificado.”


Não é à toa que muitos pais se sentem angustiados com o comportamento de masturbação dos seus filhos, afinal, criança é pura e o sexo é “ilícito”, como explica o Vaticano.

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